domingo, 12 de setembro de 2010

RECEBI POR EMAIL AMEI

Olhei para as ruínas de 2 mil anos atrás e finalmente compreendi o óbvio:
Estamos só de passagem.
Tudo isso já estava aqui quando nasci e permanecerá quando eu me for,
Inalterado pela minha passagem,
Indiferente à minha alegria, à minha dor.
Há um mundo inteiro lá fora esperando ser desvendado
Enquanto eu examino meu microuniverso particular,
Onde os problemas parecem imensos e os limites, instransponíveis.
Mas o único limite é a imaginação.
A grama ainda cresce enquanto eu pisco.
A borboleta sai de seu casulo,
O pássaro cai nas garras do gato,
O sol ilumina o norte enquanto o sul põe-se a dormir.
Nada disso deixa de ocorrer apenas porque eu deixei de olhar.
Para o mundo, meus problemas diários importam menos que a poeira no vento.
O cisco que arde em meus olhos não faz com que ele pare de girar.
A primavera virá ainda que eu insista no inverno.
O mundo é alheio a mim.
Eu não preciso ser alheia a ele.
A escolha é minha.
Mas alguém esqueceu de você.
Você o olhou repetidas vezes e ele sequer soube da sua existência.
Nem tudo saiu como você planejou.
Você falhou muito.
Ouviu não vezes demais.
E daí?
Teve a oportunidade de ouvir.
Pôde falhar naquilo que outros nem tentaram.
Foi ignorado, mas não deixou de existir por isso.
Nada disso importa.
Entende?
Abra os olhos,
Há tanto a se ver,
Tantas coisas maiores que eu e você.
Talvez você não possa mudar o mundo.
Mas ele certamente pode transformar você.
Nas ruínas,
Nas vielas,
No alto da torre,
Toque as rochas e sorria, pois elas são sólidas
E nós somos vento:
Nossa natureza é flanar.
Estamos aqui só de passagem:
Este pensamento me liberta.

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