Todas minhas coisas materiais
Talvez minha alma ao diabo
Talvez a vida me leve ao trabalho escravo
Talvez apenas procure grãos de areia
Por vezes possa ficar nu
Mas não me venderei
Ao inimigo, ao conhecido de todos
E até o último suspirar resistirei até o fim
Quem sabe fique sem meu chão minha terra
Talvez já viva entre as grades desde a juventude
Talvez pensem que minha herança
Tão minha foi retirada de meu conhecimento
Podem até queimar o pouco do meu saber
Guardados em livros
E do terror me faça querer fugir
Da tortura corra e me entregue a esses devaneios tolos
O amor pode até ser privado
A ternura esquecida
E como sempre queiram mascarar toda verdade
E da história faça mentiras
Mas não se esqueça que do saber
Está na memória do meu pensar
Da alegria de sonhar com meu país
Livre dos desafios do horizonte
Dos clamores do povo a rua
Que desafiam a tempestade do poder
Que esmaga pela linha da legalidade
Revestida de vergonha do roubo descarado
Do poder eminente
Quando tiveres faminto sem rumo
Não se julgue incapaz de lutar
De vencer resistir
Resistir até o último suspirar
E das velas lançar mares
E vencer... Ser resistente.
Loba Lua 05/06/11
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