segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Quando...

Quando realmente queremos vencer na vida fazemos planos e projetos e com metas... a partir do momento que tu focas nesse final e vai alcançando vai sempre dizendo que muitas coincidências acontencem na nossa vida e reamente somos abençoados, mas na verdade para mim COINCIDÊNCIAS SÃO PEQUENOS MILAGRES DE DEUS QUE VAI ACONTECENDO EM NOSSA VIDA MAS DEUS NÃO DESEJA APARECER, por isso acreditem no seus sonhos eles se realizam quando você realmente acredita e tem fé.

Diz que:

Diz que:

As pessoas entram na sua vida, por uma RAZÃO, uma ESTAÇÃO ou uma VIDA INTEIRA.

Quando perceber qual o motivo é, você vai saber o que fazer com cada pessoa.

Quando alguém está em sua vida por uma RAZÃO...

... É geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou.

Elas vêm para auxiliar em uma dificuldade, fornecer apoio e orientação, ajudar física, emocional ou espiritualmente.
Elas poderão parecer uma dádiva de DEUS. E são!

Elas estão lá pela RAZÃO que você precisa que estejam lá.

Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim.

Às vezes, essas pessoas morrem.

Às vezes, elas simplesmente se vão. Ás vezes, elas agem e te forçam a tomar uma posição.

O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas feito.

As suas orações foram atendidas. Agora é tempo de ir.

Quando as pessoas entram em nossas vidas por uma ESTAÇÃO...

...É por que chegou a vez de dividir, crescer e aprender.

Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir.

Elas poderão ensinar algo que você nunca fez.

Elas, geralmente, dão uma quantidade enorme de prazer.

Acredite! É Real!

Mas, somente, por uma ESTAÇÃO.

Relacionamentos de uma VIDA INTEIRA...

... Ensinam lições para a vida inteira. Coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa e colocar o que você aprendeu em uso, em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida.

É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente.

Então, Obrigado, por ser parte da minha VIDA hoje !

Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro.

Ame como se você nunca tivesse sido magoado.

Dance como se ninguém estivesse observando.

Por que, o maior risco da vida é não fazer nada não fazer ninguém Feliz.

Pense Nisso Hoje!


(Sigmar Sabin)

Amor



As pessoas não vão COMPARTILHAR porque eles não querem suas páginas do perfil feias como seus corações. :/ ISSO É AMOR '-'

Luís Fernando Veríssimo

Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, e certifique-se de que quando estão juntos aquele abraço vale mais que qualquer palavra...

Luís Fernando Veríssimo

Janelas da vida....



Janelas da vida....
Abre a janela do teu coração e deixa a alma arejar!
Sabes, aquele cheiro de mofo de sonhos que envelheceu e tu nem te deste conta? Deixa que o vento leve para longe...
Livra-te também de toda a mágoa e o rancor, fazes uma boa limpeza na vidraça da janela do coração.
Garanto que enxergarás melhor a vida lá fora...
Deixa a luz inundar tudo, apagar as marcas das decepções, as tristezas das derrotas, o vicio de sofrer por sofrer e, acima de tudo, permite que o sol derreta o gelo da solidão...

Apaixona- te por um sorriso e sorri junto, ilumina as janelas dos olhos, atrai beija-flores, borboletas, vaga-lumes ...
Ama a pessoa que o espelho reflecte todas as manhãs...
Escancara a janela dos desejos e esbanja sonhos!
Ninguém sonha em vão, e também não é verdade que os sonhos fogem, as pessoas é que desistem, e eles morrem...
Alicerça teus desejos com bases sólidas e constrói, dia a dia, degraus para chegares até a tua meta.
Depois, aplaude-te porque conseguiste ! Nisso reside o prazer...

Não permite que nenhuma sombra pesada cubra o sol, que nenhuma parede aprisione o vento e cale o som da vida.
Jamais te transformes em órfão da luz...
Desenha um horizonte além da tua janela, exagera nas cores e entremeia alegria entre folhas.
Floresce todos os campos que tua vista alcança e, depois, vai além muito além...
Expõe na janela toda a alegria de viver, mostra ao mundo um rosto luminoso, uma face sem rugas de preocupações, prontinha para ser acariciada e admirada.

Amplia a essência da ternura, semeia um gesto, uma frase doce ou um suspiro. Seguramente alguma alma comovida escutará e devolverá o eco da tua voz...
Desvia teu olhar das coisas tristes e infelizes, transforma em oásis toda a aridez que aparecer, joga venturas e aventuras em abundância, através da tua janela...
Espalha poeira dourada de sonhos além da janela, planta flores e colhe encantamento. Permite que as sementes da felicidade se espalhem e contaminem toda a terra...

Refazer tuas crenças, redime equívocos, culpas, regenera erros e falhas, distribui perdão. Valoriza o melhor de cada pessoa e, principalmente, o melhor que existe em ti...
Abre a janela da vida e sê pleno em cada coisa, ainda que pareça pequena.
Vive a forma adulta de ser criança, debruça-te na janela e não olhes, simplesmente, a vida passar através dela...
Viva!
(Lady Foppa)

Fotos do mural Nada é pra sempre Nem a tristeza inconsolada Muito menos a alegria estridente. Não... não pode durar... A angustiante espera Nem o brilho do olhar. Nada é eterno Nem a dor que dilacera a alma Nem o calor do abraço fraterno. Tudo muda... O abrigo que acolhe O medo que expulsa. Porém prossigo... Na esperança de um novo dia Com passos firmes vendo o sol que se irradi


Nada é pra sempre
Nem a tristeza inconsolada
Muito menos a alegria estridente.

Não... não pode durar...
A angustiante espera
Nem o brilho do olhar.

Nada é eterno
Nem a dor que dilacera a alma
Nem o calor do abraço fraterno.

Tudo muda...
O abrigo que acolhe
O medo que expulsa.

Porém prossigo...
Na esperança de um novo dia
Com passos firmes vendo o sol que se irradi
Nada é pra sempre
Nem a tristeza inconsolada
Muito menos a alegria estridente.

Não... não pode durar...
A angustiante espera
Nem o brilho do olhar.

Nada é eterno
Nem a dor que dilacera a alma
Nem o calor do abraço fraterno.

Tudo muda...
O abrigo que acolhe
O medo que expulsa.

Porém prossigo...
Na esperança de um novo dia
Com passos firmes vendo o sol que se irradi

O tempo... Só mesmo ele,



O tempo... Só mesmo ele,
Poderá me livrar desse vazio
Libertando minha alma
Desse sentimento frio.

Não... Não posso assim viver
Somente pensando na satisfação
Levando uma vida a sofrer
Esquecendo do meu coração.

Somente o tempo... Apaziguará
Minha alma plangente
Dessas lágrimas atrevidas
Desse amor ausente.

Preciso entender que é mesmo assim
Que nem sempre é o que eu quero
Que tudo na vida tem um fim
E nem sempre é como espero.

Com o tempo eu hei de entender
Que as lágrimas silenciosas de dor
É um purificar que faz esquecer
Um sepulcral de amor.

Entre você e Deus



Entre você e Deus
Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto e franco assim mesmo.

O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.

O vem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã.
Faça o bem assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja você que, no final das contas, é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e as outras pessoas.
(Madre Thereza de Calcutá )

Não importa o quanto às vezes seja difícil,

o quanto às vezes eu me atrapalhe, o
quanto às vezes eu seja a densa nuvem
que esconde o meu próprio sol, quantas
vezes seja preciso recomeçar:
combinei comigo não desistir de mim.

(Ana Jácomo)
SOM DO CORAÇÃO ´O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê! (Florbela Espanca
SOM DO CORAÇÃO ... Coragem, às vezes, é desapego. É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta. É permitir que voe sem que nos leve junto. É aceitar que a esperança há muito se desprendeu do sonho. É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais. (Caio F. Abreu)

domingo, 2 de outubro de 2011

Resistência Popular Realista: Príncípios de Resistência

Resistência Popular Realista: Príncípios de Resistência: 1) Entendemos o Homem como Pessoa no pleno uso dos seus direitos naturais e o Estado como seu servidor; 2) Defendemos o respeito e a prote...

sábado, 11 de junho de 2011

Mis imperfeitinha

Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho. Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.
Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas
e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.

(Martha Medeiros)

Em muitos momentos

Em muitos momentos é difícil para nós termos o exato momento em que a resignação é a única estrada possível, sobretudo quando o que está em jogo são nossos maiores tesouros, pelos quais jamais temos limites para a luta. É com esse sentimento de luta incansável e obstinação ilimitada que muitos doentes terminais lutam pela vida até seu último segundo na Terra, ou que mães lutam pela vida de seus filhos ao ponto de darem suas próprias vidas quando nenhum outro recurso existe. Para aqueles que amam não há impedimentos que se lhes afigure fortes o suficientes para lhe serem motivos de resignação. Enquanto houver como lutar, luta-se, e isso é inegociável. Enquanto houver meios, usa-se, e quando não mais houver, encontram-se novos. Desistir da luta? Nunca. O sentimento de impotência lhes é a mais penosa e desesperadora provação, e para vencê-la um coração que ama é capaz de absolutamente tudo que seja ético, e em alguns casos, renuncia-se até da ética e das mais profundas convicções, a fim de amparar e ajudar os seres mais amados. Uma mãe que mente descaradamente para conseguir, por exemplo, um exame importante para o filho. Uma esposa que paga propina para um político para conseguir uma cirurgia urgente para seu esposo, ou até uma pessoa que se humilha entrando de ônibus em ônibus a fim de pedir dinheiro para alimentar e medicar os filhos. Não há limites para a renúncia, nem mesmo a renúncia da própria dignidade e moral. Muitas prostitutas estão precisamente nessa condição, enfrentando renúncias que muito poucas mulheres suportariam, para que consigam ao fim da noite, levar o suficiente para nada faltar a seus filhos. Deus vê tudo isso. Vê sob óticas que a nós é vedada. Vê a profundeza do coração de cada um de nós, e o quanto de amor estamos colocando em cada um dos nossos gestos, mesmo os mais errados e reprochados pela sociedade. Vê a nossa nudez espiritual muito mais do que nós próprios somos capazes, porque não raras vezes nos escondemos atrás de mil artifícios para nos protegermos da dor. É assim que Deus nos vê: pelo quanto de amor estão impregnadas nossas atitudes, pensamentos e intenções. Nos momentos da luta que somos chamados a renunciar, não há limites para a renúncia. Mas nos momentos que somos chamados a nos resignar, é quando mais necessitamos de forças para lutar. Não a luta que estávamos acostumados. Não aquela luta que damos tudo que temos, cada um dos vinténs que possuímos, todo o sangue e suor até a última gota. Mas uma luta infinitamente mais difícil para quem ama: a espera. Para essa luta não precisamos renunciar ou nos permitir a destruição se for necessário. Precisamos apenas de paciência. A mesma obstinação ilimitada para a paciência que tínhamos para a renúncia.
A paciência que permite a um cientista passar anos a fio numa mesma experiência para encontrar a cura de uma doença que assola os humanos. A paciência que permite a uma mãe passar anos e anos cuidando carinhosamente do filho que vive em coma num hospital. A paciência que permite que uma esposa espiritual passe séculos e até milênios esperando seu companheiro que vive ainda em zonas inferiores da Vida. Acredito que muito do progresso que vemos hoje no mundo ocorreu graças à obstinação do homem em lutar contra as adversidades, independente de elas terem início em nós ou nos desígnios divinos. E em todas as lutas pelo progresso, pelos nossos amores, pela própria humanidade, e, sobretudo pelo nosso próprio progresso íntimo, nós precisamos ser obstinadamente firmes e ilimitados nessas duas virtudes: renúncia e paciência. Ora uma, ora outra, mas sempre as duas.
Não há como progredirmos sem renunciarmos a nós mesmos enquanto ego, sem renunciarmos a prazeres materiais, ou a muitas das coisas que julgamos importantes quando vemos pela visão temporal e limitada, de seres imperfeitos que somos. Da mesma forma que não há como progredirmos sem paciência. Paciência para errar e recomeçar incansavelmente. Paciência com os erros alheios. Paciência com os próprios desígnios de Deus, que muitas vezes não pode atender nossos pedidos, anseios e desejos imediatamente. Paciência com o tempo das pessoas, com o tempo da coletividade, que avança lenta, mas indubitavelmente. Paciência com as diversas formas de pensar, de perceber e de viver das outras pessoas. Paciência para esperar o tempo de Deus, mesmo quando temos que renunciar a nossa desesperadora pressa pelo nosso tempo. Como me disse um amigo espiritual muito querido: “Nós temos o nosso tempo, mas só o tempo de Deus é o da sabedoria”. E das coisas mais difíceis para os corações que amam é terem paciência para esperar, renunciando ao tempo de lutar, até que o tempo de Deus se cumpra…
Fonte: Luciana Luz

A pele pode ser de qualquer cor...

A pele pode ser de qualquer cor...
O meu coração vai ser o vaso dessa flor...
Pode ser de qualquer lugar!
Vou aonde precisar para te encontrar...
Para ser o seu namorado, e os seus beijos saborear...

Norte-sul ou leste ou oeste!
Importante que esse amor preste!
Procuro um amor...
Um amor que seja verdadeiro!
Não um amor que dure um ano inteiro...

Procuro um amor...
Um amor que eu possa entregar o meu coração!
Para você todas as noites vou cantar lindas canções...

Procuro um amor...
Que me ensina a amar...
Que me de muita alegrias!
Em troca vou-lhe fazer muitas poesias...

Para meus amigos que estão..

Para meus amigos que estão... SOLTEIROS. O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá. Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado. O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir. Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher .

Para meus amigos... NÃO SOLTEIROS. Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser e não alguém que simplesmente queira nos mudar para apenas se adequar às suas vontades.

Para meus amigos que gostam de... PAQUERAR. Nunca diga "te amo" se não te interessa. Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem. Nunca toque numa vida, se não pretende romper um coração fechado. Nunca olhe nos olhos de alguém, se não pode impedi-los de derramar lágrimas por vc. A coisa mais cruel que se pode fazer é permitir que alguém se apaixone por você, quando você não pretende fazer o mesmo.

Para meus amigos... CASADOS. O amor não te faz dizer "a culpa é", mas te faz dizer "me perdoe". Compreender o outro, tentar sentir a diferença, se colocar no seu lugar. A verdadeira medida de compatibilidade não são os anos que passaram juntos; mas sim o quanto nesses anos vocês foram bons um para o outro.

-> Para meus amigos que têm o... CORAÇÃO PARTIDO. Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir. Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre. Permita-se rir e conhecer outros corações. Aprenda a viver sua própria vida. A DOR DE UM CORAÇÃO PARTIDO É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL!


Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
(LYa Luft)

Difícil querer definir amigo.

Difícil querer definir amigo. Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta. Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas. É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu. É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer contigo já o realimenta, satisfaz. É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você. É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo amor. É ao mesmo tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas aguas agitadas. É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e saber que a perfeição é utopia. É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso. Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas. É quem tem medo, dor, náusea, cólica, igualzinho a você. É quem sabe que viver é ter história pra contar. É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos. É o achar daquilo que você nem sabia que buscava. Amigo é aquele que te lê em cartas esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas. É aquele que te ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos. Amigo é multimídia.Olhos... amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática. É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo. É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior. É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.Amigo é aquele que te diz eu te  sem qualquer medo de má interpretação : amigo é quem te ama ;e ponto. É verdade e razão, sonho e sentimento. Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista.

"É um fato que, somente quando se remove a armadura, é que se pode agradecer.

"É um fato que, somente quando se remove a armadura, é que se pode agradecer.
São tantas vidas que a entidade humana passa presa dentro de uma armadura que ela acaba se acostumando, a ponto de acreditar que é a armadura.
Esta é a auto-imagem idealizada que foi criada ao longo do tempo e que você acredita ser sua identidade.

O que sustenta esta falsa identidade são os sentimentos negados que você evita contatar. Você começa a tirar a armadura quando a vida lhe mostra que tem alguma coisa errada.
As repetições negativas e destrutivas te levam a concluir que você precisa fazer alguma coisa por você mesmo. É assim que muitos se colocam no caminho do auto-conhecimento.
A armadura só cai quando você pode atravessar a prova iniciática de ficar com você mesmo, e se ver no espelho. Então, abrem-se as fendas, e lágrimas de arrependimento começam a cair.
Raios de amor começam a iluminar sua vida. Este é o início da transformação.

Um milagre começa a acontecer. O milagre da mudança da sua visão que estava focada na falta - gerando lamúria, revolta e sofrimento – para, então, focar naquilo que você tem em abundância: os presentes que Deus lhe deu. Só então, você pode agradecer.

O que proporciona esta mudança de eixo do sofrimento para a alegria é a gratidão, mas a gratidão precisa ser verdadeira. A gratidão é talvez a primeira virtude da alma. Quando a alma começa a se revelar você sente gratidão pela vida, pelo sol, pela lua, pelas estrelas, pela floresta, pelo mar, pela terra.

Gratidão por todos os seres. Até que você chega ao ponto de agradecer pelo momento sagrado do seu nascimento. Até que você possa agradecer, sinceramente, a sua mãe e ao seu pai, os canais que lhe trouxeram ao mundo, e reconhecer a divindade destes seres.

Reconhecer que você é filho do mistério do amor. Somente quando você chega neste ponto de poder agradecer ao sagrado espírito é que poderá deixar sua personalidade. Você só está pronto para esquecer que nasceu, quando pode honrar seu nascimento.

Ao honrar seu nascimento e seus pais, você também honra sua constelação familiar. Enquanto houver algum ponto de ódio em relação a qualquer ente da sua constelação familiar, você estará preso a Terra e ainda não poderá se libertar da sua personalidade porque ela ainda está te ensinando sobre o mistério do amor. Este aprendizado só se realiza quando você pode agradecer.

E a gratidão só brota quando você pode perdoar. E perdão só surge quando você pode compreender o porquê das mazelas que teve que se passar. Quando compreende que foram chances de cura e crescimento ao invés de achar que foram eventos contra você. Enquanto você ainda estiver achando que a vida está contra você, sua visão estará focada na falta.

Assim você não pode agradecer e conseqüentemente não pode respeitar e muito menos e nem mesmo amar. Seu coração estará fechado e o resultado disso é o sofrimento.Por isso rezamos por compreensão: “Que eu possa ser banhado pela luz do conhecimento”.

É só assim que você terá acesso à devoção. É importante que você prossiga no seu processo de auto-conhecimento até que se sinta um filho abençoado do mistério do amor. Assim a gratidão brotará automaticamente. Você estará pronto para esquecer seu nome e sua história, e poderá reconhecer-se como um ser divino.

Compreenda a profundidade destas palavras. Se você não se reconhece como um ser divino, significa que ainda existe ingratidão e, portanto ainda existe algum ponto de ódio no seu sistema que acaba criando todo o tipo de repetição negativa. Estas repetições estão dizendo que você ainda está preso ao passado. Preso por um laço de ódio porque você ainda não compreendeu o mistério do seu nascimento e ainda guarda ressentimento e mágoa por causa das experiências difíceis que passou.

Com estas poucas palavras eu lhe dei um mapa. Onde você facilmente se localizar dentro da jornada. Eu posso ser ainda mais sintético: se você não pode se reconhecer como um ser divino, procure olhar nos olhos da sua mãe e do seu pai (não importa onde eles estejam; no corpo ou não, olhe dentro de você) e veja se pode sinceramente dizer “muito obrigado, lhe sou eternamente grato”.

E poder fazer um sincero namastê (a divindade que está em mim saúda a divindade que está em você) e um pranam ( reverência )para estes seres divinos que te trouxeram ao mundo, independentemente das mazelas de suas personalidades, não é disso que estamos falando.

Enquanto você não puder sentir a sinceridade desta gratidão significa que você está preso a este passado e a algum aspecto da sua personalidade ainda está fragmentado. Estes pontos de ódio que nascem de ressentimentos e mágoas e pela falta de entendimento, não deixam você experienciar a unidade. Assim você não pode se identificar com o eu superior.

Você fica identificado com a criança ferida que não recebeu o que queria ter recebido, não foi amada como queria. Você fica reeditando esta ferida infantil na sua idade adulta, nos seus relacionamentos que são apenas projeções destes pais negativos. Você está sempre escolhendo seus pais negativos para se relacionar, com a esperança mágica de que desta vez vai ser diferente.

“Desta vez vou ser amado, desta vez eu consigo”. Você repete todos os jogos de rejeição, de dependência e co-dependência, de controle e domínio. Tudo isso nasce por conta da sua identificação com a sua criança ferida que queria ter recebido amor exclusivo e não conseguiu.

É por isso que você tenta se concentrar no eu superior, mas cai, não consegue reter. Porque estes sentimentos ainda estão no seu corpo emocional que precisa de cura. Qual é a cura para o seu corpo emocional? A compreensão que vai gerar gratidão.

De forma sintética podemos dizer que a principal medicina para o corpo emocional é a gratidão, mas esta gratidão não pode ser forçada. Até que ela venha você vai trabalhando para se conhecer e compreender o porquê das coisas. Porque você teve que nascer nesta família, através desta mãe, através deste pai, com estes irmãos. Quando você puder compreender o mistério divino que está por trás da sua família, você se torna livre do ódio e começa a sentir gratidão.

Você começa a sentir amor e você está pronto para honrar um nome espiritual. Porque a sua personalidade é apenas um veículo para você se mover no mundo. A personalidade é uma extensão do corpo. Este corpo nasceu e um dia será devolvido para a Terra, mas o Eu não morre jamais, é eterno. Quando o corpo fica velho você simplesmente o larga e pega outro.

Para transitar da pequena para a grande família, somente através da gratidão que só brota se você eliminar do seu sistema os pontos de ódio, ressentimentos e mágoas. Só quando você pode agradecer até mesmo aquela surra que levou. Até mesmo aquele mais cruel ato de desamor.

Então, você pode honrar o principal ensinamento do senhor Jesus: “Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que estão fazendo”. O perdão foi o principal ensinamento do mestre Jesus. Este é o ABC da espiritualidade.
O que é a transformação e purificação do eu inferior senão a purificação das mágoas e os pontos de ódio que possibilitam o perdão e a gratidão? A purificação que possibilita a abertura do coração e que te faz dar ao invés de querer receber. Enquanto você está identificado com a sua criança ferida, você vai querer amor exclusivo de todos.

Você está identificado com a falta, porque faltou algo lá atrás e sua mente está fixada neste momento. Então você acha que falta tudo. “Ninguém me ama, ninguém me quer, a vida não me quer, as coisas não dão certo pra mim”. Sua mente, ligada nisso, produz sentimento de falta e atrai a falta, assim você confirma que realmente tudo falta pra você. Isso é um ciclo vicioso.

Então quando estes pontos são liberados do seu sistema e você pode agradecer e se identificar com o ser divino, você se descobre como a própria fonte de amor, a fonte de tudo. Não existe falta no mundo de Deus. Você é a fonte do amor e da prosperidade. Você é rico em todos os aspectos. Não existe falta de nada. Mas é bom compreender como você funciona. É por isso que estou aqui. Por isso o amor e a compaixão divina se transformam em palavras que funcionam como um guia, um mapa, para você poder se localizar e se direcionar.

Rezo para que este conhecimento transmitido se transforme em sabedoria na vida de cada um de vocês. O conhecimento se transforma em sabedoria quando você põe em prática. É a experiência que faz o conhecimento se transformar em sabedoria."
Gratidão -por Prem Baba

Trecho do livro "A quem interessar possa", de Gilka Aria.

Trecho do livro "A quem interessar possa", de Gilka Aria.

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como atualmente. A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão a venda. Elegância é uma delas. Assim, para ser chique é preciso muito mais que uns guarda-roupas recheados de grifes importadas. Muito mais que um belo carro Alemão. O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta.
Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes. Mas que, sem querer, atrai todos os olhares, porque tem brilho próprio. Chique mesmo é quem é discreto, não faz perguntas inoportunas, nem procura saber o que não é da sua conta. Chique mesmo é parar na faixa de pedestre e abominar a mania de jogar lixo na rua. Chique mesmo é dar bom-dia ao porteiro do seu prédio e as pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos. Chique mesmo é não se exceder nunca. Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir. Chique mesmo é olhar no olho do seu interlocutor. É "desligar o radar" quando estiverem sentados a mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção à sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra. É ser grato a quem lhe ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios. Chique mesmo é fazer a menor questão de aparecer, mas ficar feliz ao ser prestigiado. Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre do quanto que a vida é breve e de que vamos todos para o mesmo lugar. Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem cruzar e não aceite, em hipótese nenhuma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem.
Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!

Prepare o seu coração para sofrer decepções,

Prepare o seu coração para sofrer decepções,
mas avise o cérebro que o amor não dói,
deixe um aviso para a sua alma em letras grandes:
"ser feliz é um exercício constante".

O que hoje é desilusão, amanhã será ensinamento,
atalhos que poderemos usar, até em meio a dor,
para superar crises, para viver um grande amor.

Não se deixe abater pela incompreensão,
nem acredite na solidão como forma de vida,
antes, divida o seu amor, reparte-o como pão,
para famintos da caridade, carentes de afeto,
excluídos e atirados na solidão.

Falo do amor solidário, que consola o aflito,
que dá proteção ao segurar a mão,
que aquece com um cobertor no inverno,
e chama cada um que encontra de irmão.

Falo do amor que tudo dá, e nada espera em troca,
e quem aprende amar assim, saberá viver o amor.

Para viver um grande amor é preciso saber dividir,
e preciso ter coragem de ceder, doar-se,
sair do casulo da intolerância, do egoísmo,
é viver um pouco além de nós mesmos,
encontrando no outro, qualidades e virtudes,
só ama de verdade quem admira a pessoa amada,
e isso vai além de qualquer paixão,
isso é verdadeiramente "início da felicidade",
amor que se vive aqui,
mas com gosto de eternidade...
Eu acredito em você.

Paulo Roberto Gaefke


Eles são submissos

Eles são submissos. Mas não há sofrimento nesta submissão. A sabedoria vegetal os conduz a uma forma de seguimento surpreendente. Fidelidade incondicional que os determina no mundo, mas sem escravizá-los.

A lógica é simples. Não há conflito naquele que está no lugar certo, fazendo o que deveria. É regra da vida que não passa pela força do argumento, nem tampouco no aprendizado dos livros. É força natural que conduz o caule, ordenando e determinando que a rosa realize o giro, toda vez que mudar a direção do Regente.

Estão mergulhados numa forma de saber milenar, regra que a criação fez questão de deixar na memória da espécie. Eles não podem sobreviver sem a força que os ilumina. Por isso, estão entregues aos intermitentes e místicos movimentos de procura. Eles giram e querem o sol. Eles são girassóis.

Deles me aproximo. Penso no meu destino de ser humano. Penso no quanto eu também sou necessitado de voltar-me para uma força regente, absoluta, determinante. Preciso de Deus. Se para Ele não me volto corro o risco de me desprender de minha possibilidade de ser feliz. É Nele que meu sentido está todo contido. Ele resguarda o infinito de tudo o que ainda posso ser. Descubro maravilhado. Mas no finito que me envolve posso descobrir o desafio de antecipar no tempo, o que Nele já está realizado.

Então intuo. Deus me dá aos poucos, em partes, dia a dia, em fragmentos.

Eu Dele me recebo, assim como o girassol se recebe do sol, porque não pode sobreviver sem sua luz. A flor condensa, ainda que de forma limitada, porque é criatura, o todo de sua natureza que o sol potencializa.

O mesmo é comigo. O mesmo é com você. Deus é nosso sol, e nós não poderíamos chegar a ser quem somos, em essência, se Nele não colocarmos a direção dos nossos olhos.

Cada vez que o nosso olhar se desvia de sua regência, incorremos no risco de fazer ser o nosso sol, o que na verdade não passa de luz artificial.

Substituição desastrosa que chamamos de idolatria. Uma força humana colocada no lugar de Deus.

A vida é o lugar da Revelação divina. É na força da história que descobrimos os rastros do Sagrado. Não há nenhum problema em descobrir nas realidades humanas algumas escadarias que possam nos ajudar a chegar ao céu. Mas não podemos pensar que a escadaria é o lugar definitivo de nossa busca. Parar os nossos olhos no humano que nos fala sobre Deus é o mesmo que distribuir fragmentos de pólvora pelos cômodos de nossa morada. Um risco que não podemos correr.

Tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Não é ele que pode nos salvar. Ele é apenas um condutor. É depois dele que podemos encontrar o que verdadeiramente importa. Ele, o fundamento de tudo o que nos faz ser o que somos. Ele, o Criador de toda realidade. Deus trino, onipotente, fonte de toda luz.


Sejamos como os girassóis...

Sejamos como os girassóis...

Uma coisa é certa. Nós estamos todos num mesmo campo. Há em cada um de nós uma essência que nos orienta para o verdadeiro lugar que precisamos chegar, mas nem sempre realizamos o movimento da procura pela luz.

Sejamos afeitos a este movimento místico, natural. Não prenda os seus olhos no oposto de sua felicidade. Não queira o engano dos artifícios que insistem em distrair a nossa percepção. Não podemos substituir o essencial pelo acidental. É a nossa realização que está em jogo.

Girassol só pode ser feliz se para o Sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras.

Eles já sabem, mas nós precisamos aprender.


Muita gente confunde possessividade, insegurança e ciúme com o amor.

Muita gente confunde possessividade, insegurança e ciúme com o amor.
Na verdade, esses sentimentos podem assemelhar-se ao amor, mas, em sua essência, negam a nossa profunda vocação na vida.
São como flores de plástico comparadas com a flor verdadeira.
Ambas têm em comum algumas características, mas possuem origens diferentes.
As flores de plástico nascem do petróleo, ao passo que a flor verdadeira nasce do encontro entre a terra e a semente.
A possessividade nasce do medo, ao passo que o amor nasce da própria vida à procura de celebração.
O ciúme nasce da mesquinharia, da vontade de controlar o crescimento do outro, e o amor nasce da generosidade que existe em nós.
Enquanto a insegurança nos transforma em mendigos, sempre pedindo, ou pior, cobrando algo do outro, o amor nos dá energia para doarmos o que somos à pessoa que nos estimula a amar.


*
Certamente cada um de nós, pelo menos uma vez na vida, já refletiu sobre o amor — fonte de luz, de energia vital que movimenta toda a humanidade.
Comecemos, porém, nossa reflexão percebendo o que "não é amor".
Amor não é cobrar por suas ações.
Há uma confusão muito grande entre o amor verdadeiro e um produto similar chamado amor de troca uma conduta usada como moeda para dar direito a cobrar determinados comportamentos dos companheiros. Exemplo típico é a eterna cobrança
"Eu sempre cuidei de você, e agora que preciso não o tenho comigo".
O amor é uma energia que cresce dentro de nós e nos convida a estar com o outro.
Quando nos encontramos em estado de amor, torna-se inevitável agir de forma amorosa.
Portanto, o outro, no fundo, nos faz um favor ao se deixar amar por nós.
O amor não é um convite à infelicidade.


Quando, numa relação, as pessoas se sentem amarguradas, convém refletir cuidadosamente, pois o amor é uma energia que impulsiona para a vida.
Quando estamos amando alguém, sentimo-nos vivos e em sintonia com o Universo.
Amar não é se anular para fazer o outro feliz, O amor não cria o eterno sofrimento de estarmos sempre por baixo no relacionamento.
Amar não é viver assustado, pro curando adivinhar o que o parceiro quer, para obter sua aprovação ou temendo o seu mau humor.
O sentimento do amor nos dignifica e nos dá a verdadeira dimensão do nosso valor; faz-nos sentir que pertencemos à raça humana e que não somos meros complementos um do outro.
O amor exige que o valorizemos em nossa vida!
Quando o amor não se realiza, volta-se contra aquele que o desprezou.
Quando não valorizamos o amor que sentimos, imediatamente experimentamos o vazio.
Vazio de vida, vazio que fica no lugar do amor que não nos perdoa quando não encontramos um jeito de saciar nossa sede de amar.
Surge uma intranqüilidade, como se dentro de nós houvesse uma criança birrenta exigindo a atenção dos pais dos modos mais inconvenientes.

E começamos a ter doenças psicossomáticas, insônia, momentos de irritação, de ansiedade e a sentir uma infinidade de outras manifestações.
Quando o nosso desejo de amar é sufocado, a vida fica confusa e triste, até que paremos e comecemos a refletir: como poderei realizar o amor?
Amar não é ficar parado, como um príncipe mimado, à espera de que o outro, pelo fato de estar sendo amado, se sinta um devedor do nosso sentimento.
O amor nos proporciona uma sensação de gratidão pela vida, o sentimento de termos sido abençoados pela dádiva divina.
E, em retribuição, somos levados a cuidar desse amor.
Amar é fazer uma viagem fantástica com alguém, e nessa viagem, ao mesmo tempo que desfrutamos essa entrega, desvendamos os mistérios que ela nos apresenta a cada momento.
O amor é a força que nos leva a enfrentar todos os nossos medos, criados desde as primeiras experiências dolorosas de aproximação.
Tornamo-nos corajosos e ousados, prontos a desafiar o tédio e o comodismo, a enfrentar o desafio do cotidiano.

O amor nos salva da rotina massacrante.
Proporciona-nos uma condição de aprendizes, concedendo-nos a suprema compreensão de que, quando somos conduzidos pelo amor, sempre realizamos algo significativo.
No amor não estamos nos submetendo ao outro, e sim obedecendo às ordens da sabedoria que existe
dentro de nosso coração.
O amor é um convite para estar com o outro.
Segundo o sociólogo italiano Francesco Alberoni, "é um estado nascente de um movimento a dois; é um querer estar compartilhando alegrias e dores, problemas e soluções com o ser amado".
O amor leva-nos a respeitar a nossa individualidade e a do outro.
De acordo com o líder espiritual indiano Osho: "Viver é como o ciclo respiratório.
Na inspiração entra-se em contato consigo próprio, é o estar só, é o momento em que se carrega o coração de energia, é a maturação do feto, a preparação do botão de rosa.

E na expiração dá-se o encontro, o desabrochar do amor, o renascimento como outro, o ‘ser’ com o outro. A respiração não é possível sem os dois movimentos.
Precisamos da inspiração tanto quanto da expiração".
O amor é a força que nos torna guerreiros.
Para o psicanalista americano Erich Fromm, "amar é comprometer-se sem garantias; entregarse
completamente, com a esperança de que nosso amor produza amor na pessoa amada".
O amor é uma viagem para dentro de nós, em busca de respostas que nos revelem o que está certo conosco, mesmo que o outro esteja sendo desleixado com nosso amor.
Como dizia o escritor Antoine de Saint Exupéry "o amor é o processo em que você me mostra o caminho de
retorno a mim mesmo".
Nas quatro letras da palavra amor esconde-se um significado tão profundo que, às vezes, ao procurarmos conceituar o sentimento, torna-se inevitável que o limitemos.
Temos, porém, que fazer aquilo que dance Lispector dizia: "Todos os dias, quando acordo, vou correndo tirar a poeira da palavra amor".

O amor é mais que o encontro de dois corpos, muito mais que a união física entre duas pessoas.
É a própria consciência da Existência: a crença nas forças divinas, que cuidam de todo o Universo e nos levam um ao outro com a mesma fluidez com que aproximam uma nuvem de uma montanha, que nos proporcionam uma força sobre-humana, que dão energia ao vento, ao mar e à chuva e que nos tornam grandes como pinheiros gigantescos.
No amor seguimos um caminho, realizamos uma história, cujo final só vamos conhecer plenamente quando a completarmos.
A única certeza que temos é a de que o amor é uma condição inerente ao ser humano.
Assim como a flor emana o seu perfume, o homem naturalmente exala o amor.
Isso é tão inevitável quanto é impossível proibir a terra molhada de desprender seu cheiro.
O poeta Angelus Silesius escreveu um poema que nos faz pensar na gratuidade do amor, que é o que melhor o define:
A rosa não tem por quê.
Ela floresce porque floresce.
O mesmo acontece com o amor.
O amor não tem por quê.
Ele floresce porque floresce.

(Roberto Shinyashiki & Eliana Bittencourt Dumêt)
(Do Livro Amar Pode Dar Certo)
"No fundo de cada alma há tesouros escondidos que somente o amor permite descobrir."
(Edouard Rod)

A paz

A PAZ

Paz, em hebraico, é Shalom, e, literalmente, Shalom quer dizer: “estar inteiro”, “estar em repouso”... É então conveniente que perguntemos: o que nos impede de estarmos inteiros? O que nos impede de experimentarmos o repouso, isto é, de estarmos em paz?
As respostas são múltiplas; destaco apenas as que me parecem essenciais;
- O que nos impede de estarmos inteiros, de estarmos inteiramente presentes na integridade do que somos, é o medo.
- O que nos permite estarmos inteiros, estarmos inteiramente presentes na integridade do que somos, é o amor.
O contrário do amor, e portanto da realização do que somos, não é fundamentalmente o ódio, e sim o medo.
Medo de quem? Medo de quê?
Medo de amar, melhor dizendo, de se perder, pois amar antes de se encontrar é perder-se.
Certamente, existe toda sorte de medo: do desconhecido, do sofrimento, do abandono, da morte... Todos esses medos podem resumir-se num só: medo de ser “nada”.
Este medo nos leva a esforços inimagináveis, para provarmos a nós mesmos e aos outros que somos alguma coisa e que “vale a pena” sermos amados, que o merecemos... Ser amado seria, portanto, um direito do homem?
Infelizmente, este é um segredo muito bem guardado: aquele que procura ou solicita o amor jamais o encontrará... Só o encontramos no momento em que o damos... Unicamente quem ama, quem se torna amável e é capaz desse dom “gracioso” recebe o amor gratuitamente.
O Amor jamais se manifesta àquele que o pede, mas se revela sem cessar a quem o doa. Aquele que compreendeu e viveu isto sente-se em paz. E também inteiro, porque só o amor nos realiza (e é o cumprimento da lei). O medo nos “castra”, torna-nos enfermos e impede a livre circulação da vida em todos os nossos membros. E no Amor não há “membros impuros”: “Tudo é puro para aquele que é puro”; é o Amor que purifica. Amar com todo o seu ser, este é o mandamento (mitzvah), ou, mais exatamente, o “exercício” que nos é proposto: “Amarás com todo o teu coração, com todo o teu espírito, com todas as tuas forças”; isto traz também uma esperança. Um dia amarei inteiramente, não somente com o meu corpo, minha cabeça ou meu coração, mas “inteiramente”; um dia, se almejo isto sem perder a esperança, estarei em paz. Pois é suficiente desejar amar, querer amar, mesmo que ainda não seja amar... Bem sabemos que o inferno não está nos outros; o inferno é não amar, é não se amar inteiramente, até em nossa dificuldade e algumas vezes em nossa incapacidade de amar...
Nesse caso, talvez seja bastante não mais querer, não mais ter medo deste medo sutil, menos grosseiro, que é o medo de não ser amado, o medo de não amar... Aquele que perdeu o medo de ser “nada” não tem mais medo de tudo; paradoxalmente, é o medo de ser nada que nos impede de ser tudo. Se aceitássemos, por um instante, este “nada” que somos, este “nada a mais e nada a menos” do que somos, então, nesse mesmo momento, não haveria mais obstáculos à revelação e ao desdobramento do Ser que ama, em nós e através de nós.
Se, supostamente, ser amado é um direito do homem, ser capaz de doar é uma realização, uma graça divina concedida ao homem; a alegria de participar da Dádiva e da Vida do Ser que faz “girar a Terra, o coração humano e as demais estrelas”, generosamente...
Porém, não fosse pelo fato de nos “sentirmos mal”, como seria possível aceitarmos “ser nada” quando nos sentimos ser alguma coisa? O termo “nada” pode parecer negativo; talvez fosse preciso dizer simplesmente “ser”, sem acrescentar qualquer palavra, para podermos pressentir que o que se soma ao “ser” é algo de “mental” e compreendermos melhor a palavra do Cristo, precedida pela de Buda (seis séculos antes): “O que é, é, o que não é, não é”. Tudo o que é dito a mais vem do mental ou do “mau”, ou ainda, em algumas traduções, do “mentiroso”. Sentir-se em paz é estar num corpo relaxado, com o coração livre e a mente serena. E conhecendo melhor, hoje, as funções coordenadoras do cérebro, é sem dúvida pelo mental que devemos começar. Ser nada a mais (e nada a menos) do que somos – estar em paz – pressupõe uma mente pacificada, em repouso, e é o segundo sentido da palavra shalom.
Por que não estamos em repouso?
Não somente há o medo de ser “nada” (ser mais ou ser menos do que somos), mas existem as lembranças, com as quais nos identificamos e que tomamos por nosso verdadeiro ser. O caminho para a paz é aquele que nos faz passar das nossas identidades provisórias, irrisórias, transitórias, para a nossa identidade essencial (eu sou o que eu sou).
(...) Em resumo, o principal obstáculo à paz, o maior dos demônios é a nossa própria mente, este reservatório de emoções passadas, que se derrama sem parar sobre o presente; este “pacote de memórias” que denominamos ego, ou eu. Quem sofre ou é infeliz é sempre o eu e nossa identificação com o que não somos realmente. Que só o presente existe é um segredo bem guardado; o que era, não é mais; o que será, ainda não é; se vivermos eternamente em nossos arrependimentos e projetos, teremos que sofrer e passaremos ao largo do “segredo”... “Ora ao teu Pai que está aí, dentro do segredo”, na presença do que é presente. São palavras do Evangelho e também palavras de cura...
A morte não existe ainda, ela não é. Só permanece este “Eu Sou”, que existe desde sempre e para sempre. Não podemos ir para outro lugar, senão onde estamos; e onde nos encontramos aqui já estamos. Por que procurar, em outra parte, a vida e a paz que nós somos, se a paz é nossa verdadeira natureza, não está por fazer? Trata-se, primeiramente, de conferir menos importância àquilo que nos “impede” de estar em paz; depois, não lhe dar importância alguma, se quisermos; e isto significa aderir, instante após instante, ao que é, com um espírito silencioso, uma mente serena, ou melhor, não identificados com as memórias e com as emoções que essas memórias provocam. Lembrar-se de que nossa verdadeira natureza está em paz é uma forma universal de oração. Essa rememoração de nosso ser verdadeiro encontra-se, efetivamente, na base das práticas de meditação de várias culturas ou religiões (dhikr – prática islâmica; japa – modalidade de ioga; hesicasmo – seita antiga de místicos cristãos orientais, etc.). Temos medo de quê? De perdermos a cabeça, perdermos a alma, de não sermos o que nossas memórias nos dizem que somos, não sermos coisa alguma do que pensamos ser? Perdem-se as ilusões, os pensamentos, e fica somente o medo de morrer. Se eu paro de me identificar com o que deve morrer, permaneço já naquilo que sou desde sempre. Não pode haver outro artesão da paz que não seja aquele cujo corpo está relaxado, que tem o coração livre e a mente pacificada. Mesmo o nosso desejo de paz pode tornar-se uma tensão, um nervosismo, um obstáculo à paz, uma obrigação, um dever que se somará à infelicidade e à inquietação do mundo. Afirmar que estamos em paz não é negar nossos medos, nossas memórias, nossos sofrimentos... é colocá-los em seus devidos lugares, na corrente insensata e tranqüila da verdadeira Vida...
Jean-Yves Leloup

Soneto a quatro-mãos

Soneto a quatro-mãos

Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.

Vinicius de Moraes / Paulo Mendes Campos

Amor que sinto

Amor que sinto...

Amor é maior estranho que possa existir
Não se tem sossego o que amo nem mais estranho
A triste alegria de se estar alegre
No meu descontentamento sorrir é fácil
A paz só me habita quando não resisto
O meu coração em ti vagueia
Isso me agrada me satisfaz
Persisto na aventura desse olhar
Mais do que na incerteza de não ser amada
Louco é todo o meu ser
Na leveza do toque, machuca
Fere um pouco dessa alma
Mas prefiro vibrar, sonhar
Viver o reverso fluir
Loucura, deslumbramento
Lei feito martelo delirante
Assombro paixão de tudo
Que em ti vejo...
Um mar de amor...

Loba Lua
29/05/11

Teu nome

TEU NOME

Teu nome quase sumiu
Indiferente de tudo já não me inquieto mais
A arte de amar é verdadeiramente a arte de poder sonhar
Um poeta ser ..
Para em ti pousar, basta de ti lembrar-me
Pois o que sinto é um próprio enigma
Pensar serenamente é a idéia de poder flutuar
Nas minhas saudades é pequeno oásis
Uma vasta diversificação
Um pensar um olhar retribui
Posso não te conhecer neste universo
Que materializamos com o toque
Tão suave que sabemos tão bem emitir
Mas nesses sonhos vasto é o que vejo
Coloco formas cores aromas e sabores
Neles tu existe silencioso
Perto o suficiente para me sentir acariciada
Perco as máscaras por terra vai na noite
Todos momentos da vida
Neles experimento o meu sentir
Entre meus dedos o néctar
Que vem do âmago
Um suspiro profundo, precário
Um riso que nasce do encontro
Perfeito infinito onde busco o que não avisto
O espaço da minha ausência
Só é abismo para os que desejam
Ficar no longínquo espaço de tempo
Sei que não me disponho sonho
Finito sonhar que ao amanhecer
Me faço do reverso noite para o dia!
Loba Lua
30/05/11

Confesso

CONFESSO

Confessar uia!
Confessar que em ti me denota
Confessar que em meu peito habita
Confessar todo amor ilimitado
Dor lacerante do pulsar...
Confesso que confessaria
O desejo de colar em ti
Em qualquer momento e espaço
Para sentir a tua refrescante e suave
Sussurrar de voz inebriante como o vento
Confessar o desejo inerente em meu peito
De um beijo roubado ter
Uma caricia saborear
Sensações que não me pertencia
Confesso impossível esquecer o porto
Um ancorar de brevidade
Um por de sol o sinal que passou brisa serena
Confessaria que palavras, seria, pouco
Para declamar o poema que és
Um sorrir imenso de estrelas faz-me
De ti ser toda nua, crua, palavras
A suavidade do olhar despir
Todos, segredos do teu bailar
Palpite suspeito de minha alma vazia
Suspeita condição de uma lua toda sua
Nas noites entremeadas de dias
Seguindo assim confissões
Sem previa autorização...
Do meu coração..
Loba Lua
30/05/11

Tempo

TEMPO
Tu precisas de tempo para
Abraços partilhar
Sorrisos partilhar
Amores espalhar
Um chocolate delicia
Andar pelas pedras
A energia somatizar
Falar sozinha
Cantar brincar de pique
Esconder das tristezas
Uma festa fazer
Uma oração evocar
Um par ter
Sonhar na grama
O cheiro de mato
Hum tempo bom
Tempo que não dispomos
Tempo, tempo de sobra
Basta olhar abre suas janelas
Antes que de mim esqueças
Teria tempo ainda pra mim
Mor de vida...
Tempouai hauai é tempo
De ainda acreditar que o tempo não acabou.
Loba Lua

Se escrevo...

Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto. Faço férias das sensações. Compreendo bem as bordaduras por mágoa e as que fazem meia porque há vida [...] Estas confissões de sentir são paciências minhas. - Fernando Pessoa

Eu............

Eu já me enganei sobre muitas pessoas e também já me enganei sobre mim mesma. Já disse “nunca mais” e fiz tudo novamente. Já pensei que fosse para sempre e nem percebi quando acabou. Já errei muito e ainda erro. Já machuquei quem não deveria. Já me decepcionei com os que mais amei e amo. Já escrevi e não mandei. Já disse “eu te amo”, quando deveria ter dito “te quero bem”. Já quis ter dito “eu te amo” e ao invés disse “até logo”. Faço idéia do que fazer daqui 10 anos, mas não sei que roupa comprar amanhã. Não me recordo do que comi ontem, mas me lembro de cada palavra carinhosa dita. Sinto saudade do que não tive, sinto falta até mesmo de quem está perto de mim, podendo amar sem ser notada. Posso morrer de ciúmes e mesmo assim conseguir sofrer. Posso esquecer quem me deixou triste, mais não esqueço jamais de quem me fez feliz!

TEU CORAÇÃO

TEU CORAÇÃO
O livro de folhas em branco
Que a cada momento vou saciando
Na escrita fina sem muitos acertos
Vou perfumando minha alma
Em cada palavra vou beijando-te
Ao longe contemplo essa casa que habito
A sussurrar pura e límpida poesia
As nuvens vão se tornando brumas
E cada passar de folhas me encho de teus versos
De frente ao meu reflexo não há pontos
Vírgulas ou exclamações
Apenas as interrogações
E delas me sacio do seu teor por inteiro
Necessito de ar tão qual beija flor
Que entre as flores o seu alimento retirava
E aquele breve pousar salvava seus minutos.
Saciava sua fome, sua sede em regatos
Orvalho a mim umedecia ao amanhecer
De onde afago minha alma
Para um mergulhar a dois
Um sorrir a cada página virada.
Loba Lua
30/05/11

Um amor cabe na palma da mão

POESIA
Um amor cabe na palma da mão
Em conchas eu as fechava
Com tanta força apertavas
Que ele me escapava
Percebi que nem no maior castelo
Poderia esse amor guardar
A não ser no coração que também
Dele transbordava
E o luar de tão lindo que era
O ceú de anil tomava todo
Dos perfumes das flores ele se misturava
E em ondas do mar levava
Os pequenos versos de amor
Minhas palavras amordaçadas
Minha pouca fome de infinito
Se divide entre o inferno e céu
Entre a dor e alegria
Mas o que dizer desses versos
Se o amor é um bocadinho de tudo
Junto misturadinho
Mas de um beijo ser mais que palavras
Diz mais do que a boca soletra
Ele canta redondinho o amor
A luz do luar que candeia a quimera
De te amar é gotinhas de ocêano
Mar de amar é tão vasto que a praia
É o vale para se estender e desse luar
Uma colcha fazer dos nossos retalhos de amor..
Loba lua
01/05/11

Construção perfeita, verdadeira e única

Construção perfeita, verdadeira e única

Ando em pensamento,
A buscar resistência, navego pelo tempo
Na poeira vislumbro cadência (a) temporal.
De quão único ainda é a resistência
Mais que realista.. é evidente..
Que nos tempos modernos
Pensamentos atuais ainda
Somos resistência real a tudo que nos desagrega
Poder, que nos destrói e a única forma de opor
Realmente é sermos resistentes, mais que autênticos
Sermos únicos, sonhadores mais que almas
É tocar raios e constelações das mais variadas
Refletidas nas pequenas folhas amareladas
Resistente ao tempo mas ..
A cada descoberta ficam mais real
Mais realista convicto de que sem
A palavra sem o pequeno embate
A palavra tem que ser dita ser resistente
Para quem não sabe usá-la este não sabe ler
O espelho d’alma.
A palavra passa tempos... gerações e ali esta
Tão real como os únicos resistentes realistas.
Loba Lua (Nilda Cabral)
02/06/11
Não sei se diria que esse grupo de amigos seja um carvalho ou uma moita de bambu que aos poucos vão crescendo unido aquelas varas finas que ao longo do tempo vai engrossando, ficando sólidos uns protegendo os outros assegurando que nenhuma tempestade arranque suas raízes, pois vão nos primeiros cinco anos crescendo para baixo se fixando ao solo e depois mostra a grandiosidade aos tempo ao olhar dos que por ali passam e sentem-se seguras na sua fragilidade. Só sei que acredito nas suas bases sólidas como o carvalho mas que cresce como a moita de um bambu..

Talvez perca toda minha vida


Todas minhas coisas materiais
Talvez minha alma ao diabo
Talvez a vida me leve ao trabalho escravo
Talvez apenas procure grãos de areia
Por vezes possa ficar nu
Mas não me venderei
Ao inimigo, ao conhecido de todos
E até o último suspirar resistirei até o fim
Quem sabe fique sem meu chão minha terra
Talvez já viva entre as grades desde a juventude
Talvez pensem que minha herança
Tão minha foi retirada de meu conhecimento
Podem até queimar o pouco do meu saber
Guardados em livros
E do terror me faça querer fugir
Da tortura corra e me entregue a esses devaneios tolos
O amor pode até ser privado
A ternura esquecida
E como sempre queiram mascarar toda verdade
E da história faça mentiras
Mas não se esqueça que do saber
Está na memória do meu pensar
Da alegria de sonhar com meu país
Livre dos desafios do horizonte
Dos clamores do povo a rua
Que desafiam a tempestade do poder
Que esmaga pela linha da legalidade
Revestida de vergonha do roubo descarado
Do poder eminente
Quando tiveres faminto sem rumo
Não se julgue incapaz de lutar
De vencer resistir
Resistir até o último suspirar
E das velas lançar mares
E vencer... Ser resistente.
Loba Lua 05/06/11

Beira rio, mais que brisa umas palavras ao vento

Beira rio, mais que brisa umas palavras ao vento

Tempo que se fez deste país
Do passado reverso és presente
Sempre do futuro volto ao passado presente
E o vento a tremular bandeiras e escudos
Se refaz dos parcos avançados homens
Que do passado de lutas refaz o caminhar
Incerto de vitória, é ao passado que buscam
Mas ventos do norte e do sul nada me dizem
Sonhos passados precursor dos leitos da palavra
Cantada, mas que escrita é memorizada
Nas almas em luta pelo futuro incerto
Mas com retorno certos aos tempos de cão
Um rio de lágrimas vazias de mentes distantes
De sua própria razão de ser e estar
No momento certo do certo porvir
Balanceio mentalizo e nada consigo
De um todo tirar pequenos traços
Do passado que teima renascer
Por onde vai pessoas, das boas são poucas
Pessoas integras realista do presente florir
Me perguntas onde vai
Queria imenso saber mas és
Tanto desacreditar que o rumo não sabes tomar
Há pessoas que passam e ao chão sempre a perseguir
Porque silencia quando tinhas que uivar
Ser lobos que cuida da matilha
Hoje és cão sem dono perdido .
Na servidão de seu dono
Se florir hoje os verdes ramos
Da brancura de sua bandeira
Dela a mancha vermelha ser seu mistério
Resiste ao tempo ainda que foi futuro sonhado
Andas por aqui um sonho de poucos bravos
Há quem te ignores mas branca a face de ambos lados
Deixa-te resistir a mais uma nova realidade
O tempo que se fica em três sentidos
No qual presente estas tua imagem
De resistência assim ainda e um brado
Bandeira translucida de passado formoso
Lá foi deixada, tal cor se agrega das fontes
Uma mudança esperada, sonhos lançados
Esperanças mortas, hoje sou a sorte da morte
Mudança em fim com sorte terei
Na resistência dos meus sonhos
Não se são em vão porque branco da paz
Em vermelho coração cor de sangue
Cor de luta, cor de emoção
Só assim podemos querer a transformação
E a brisa serena ainda que fraca me fez revolução
Há quem te ignora seja da força ou na coragem
De ser popular amante, perene desta nação
O silêncio persiste insiste ser solidão
Nas casas casinhas e casarão
Reina apenas a desilusão
De acreditar que o novo retrocedeu
Vivendo do passado não consegue do presente
O esperado sem motivação correm na contra mão
Delas saindo novamente servidão legalizada e servil
Essa noite cresce mais um sussurro uivar de lobos (as)
E o vento responde resistência
De um grito tão popular entre aldeões
O vento vem e brisa insiste ser suave
Na realidade de que semeia hoje
Nuvens passageiras carregadas de realismo
Semear a palavra resistência hoje regá-la
Dito popular no cancioneiro sempre alguém
Rega olha alimenta de realismo
E o florir é um não
Mesmo neste sarau de poucas palavras
Há sempre alguém resistindo
Ao simples debater do sim, talvez
Ainda escolhemos não servir
De meras rodas vivas
Um porto e sempre porto
Serás a resistência popular realista
O encontro da diversidade de pensamentos
Posto que o diferente gerar a única forma de transgredir
O novo o atual passado.. tão presente aos olhar de vossas almas.
Loba Lua
00:37hs
06/06/11

O futuro que desejamos esta em manter o presente assugurado de verdadeiras ações... não deseje nem espere que futuras gerações mude o que você deixou passar as oportunidades que escaparam como brisas, a tempestade por vezes fazem maiores estragos... não perca tempo nem vidas...