quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MEUS OLHOS

Meus olhos mudos se perdem dentro de um coração que se fez de cego
Surdo ficou ao ver a verdade eminente dentro do meu olhar
Que não se esconderam, saltou do inexato sentir as gotas mais orvalhadas
Que encontrei e minha alma lavei com densa e pesadas lágrimas
Que diz mais não sente o perfeito sonido do bater descompassado
Do meu coração sangrando que não se engana apenas se entrega
Mas surpreende como pode se costurado entre finas brisas de desespero
E encontra a hora o momento exato de se retirar, se fechar de refazer-se
A única muralha possível para que possa conseguir ficar de pé
Adormecer e não se encontrar caído feito suas tintas coloridas
Poder dizer em segredos todos pequenos abismos que já enfrentou
Sufocando cada vez mais os sonhos, cristalizando assim segundos
Adormecer e não se encontrar caído feito suas tintas coloridas
Meu coração mudo estas, feito os ventos uivantes me desfaço de mulher
Para a loba dar vazão dos meus iuvos, sedentos de todos os sentidos de ser
Existência permitida apenas no telhado, almas que se libertam..
Loba lua 11/01/12

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